terça-feira, 9 de novembro de 2010

Marcapasso a laser regula batimentos cardíacos com luz


Fonte: Redação do Diário da Saúde
Marcapassos a laser regula batimentos cardíacos com luz
A ideia de usar o laser infravermelho pulsado em um coração embrionário veio da leitura de um artigo científico pouco conhecido, publicado nos anos 1960. [Imagem: Michael Jenkins]


Ritmo de luz
Não são apenas exercícios físicos e estar apaixonado que têm potencial para acelerar o coração - um feixe de raio laser também, acabam de descobrir cientistas das universidades Case Western e Vanderbilt, nos Estados Unidos.
Naquilo que poderá se transformar em uma tecnologia revolucionária para uma nova geração de marcapassos, os cientistas conseguiram induzir contrações musculares no coração de cobaias, sem danos para o tecido cardíaco, aplicando-lhe pulsos de laser.
Os resultados foram publicados na revista Nature Photonics.
Defeitos congênitos no coração
Segundo os cientistas, este dispositivo não-invasivo poderá se transformar em um instrumento importante para a compreensão de como fatores ambientais que alteram os batimentos cardíacos de um embrião podem levar a defeitos congênitos.
Ele também pode ajudar nas pesquisas de eletrofisiologia cardíaca ao nível das células, do tecido e do órgão. E, possivelmente, ao desenvolvimento de uma nova geração de marcapassos.
"Os mecanismos por trás de muitos defeitos congênitos não são bem conhecidos. Mas, há uma suspeita de que, quando o coração embrionário bate mais lento ou mais rápido do que o normal, isto altera a regulação genética e altera o desenvolvimento," diz Michael Jenkins, coautor da pesquisa.
"Se conseguirmos controlar o ritmo com precisão, poderemos descobrir como estrutura, função e expressão gênica trabalham em conjunto," diz Watanabe Michiko, outra membro da equipe.
Como o laser faz o coração bater?
A ideia de usar o laser infravermelho pulsado em um coração embrionário veio da leitura de um artigo científico pouco conhecido, publicado nos anos 1960, quando cientistas verificaram que a exposição contínua à luz visível acelerava o ritmo cardíaco de um embrião de galinha.
Por outro lado, Eric Jansen, que participou da pesquisa, já havia usado um laser infravermelho para estimular nervos.
Eles, então, levantaram a hipótese de que a luz infravermelha pulsante poderia a estimular um coração embrionário.
Os cientistas acreditam que os pulsos de luz infravermelha criam um gradiente de temperatura no tecido do coração, abrindo canais iônicos em cascata ao longo de uma célula do coração. Este efeito dispara impulsos elétricos em larga escala, que fazem o coração contrair.
Marcapassos infantil
A pesquisa ainda está no início, "mas acreditamos que isso tem implicações interessantes, especialmente se pudermos alcançar os mesmos resultados no coração de adultos," dizem eles.
O grupo já começou esta nova etapa da pesquisa, fazendo agora experiências com tecido cardíaco de adultos, para determinar se o laser pode ser utilizado como um marcapasso implantável ou para manter o ritmo cardíaco de adultos durante uma cirurgia ou outro procedimento clínico.
Para Watanabe, a descoberta poderá permitir o desenvolvimento de um marcapassos para crianças e bebês, ou mesmo para um feto ainda dentro do útero.
No entanto, muitos estudos deverão ainda ser feitos para avaliar se o mecanismo vai funcionar e se será seguro.
Em corações de crianças ou jovens, o uso de eletrodos - que é a técnica convencional, que usa os fios para levarem eletricidade e controlar o ritmo do coração - pode causar danos e o uso a longo prazo dos marcapassos tradicionais pode levar à insuficiência cardíaca, explica a Dra. Watanabe.

Robô japonês navega e faz cirurgia no interior do corpo humano


A tecnologia japonesa lança o CapCel, um micro-robô que pode ser inserido no interior do corpo humano e guiado remotamente para fazer tratamentos médicos, cirurgias ou simplesmente para fotografar áreas suspeitas ou lesionadas.
A tecnologia japonesa lança o CapCel, um micro-robô que pode ser inserido no interior do corpo humano e guiado remotamente para fazer tratamentos médicos, cirurgias ou simplesmente para fotografar áreas suspeitas ou lesionadas. O minibot mede 2 centímetros de comprimento por 1 centímetro de diâmetro e é encapsulado em um revestimento plástico biocompatível e facilmente esterilizável. Seu peso é de apenas 4,6 gramas, graças ao desenvolvimento de um circuito integrado que contém toda a sua parte eletrônica em um único chip. Ao invés de controles remotos, que poderiam aumentar muito o seu tamanho, o CapCel move-se livremente no interior do corpo humano por meio de campos magnéticos aplicados externamente. Com essa solução, além de dar ao mini-robô a capacidade para fazer movimentos precisos, os cientistas aumentaram ao máximo a capacidade de equipamentos úteis que ele pode carregar. Todas as informações captadas pelos robôs são passadas para um computador por meio de um cabo de 2 milímetros de diâmetro. Além de meio da comunicação, o cabo serve também como garantia de segurança, na eventualidade de algum problema técnico que impeça.

Técnica inovadora destrói tumor sem efeitos colaterais nocivos da quimioterapia

Fonte: isaúde.net  08/10/10 

Novos compostos moleculares que são ativados pela luz laser estão se revelando promissores nos ensaios pré-clínicos

Pesquisadores da Faculdade de Ciências na Universidade Virginia Tech, nos Estados Unidos, desenvolveram compostos moleculares que, quando ativados por luz laser, têm a capacidade de destruir células cancerosas sem muitos dos efeitos colaterais que acontecem atualmente. O novo método para tratamento do câncer de mama está se revelando promissor no início dos ensaios pré-clínicos.
A equipe de investigação, liderada pelas professoras Karen Brewer e Brenda Winkel desenvolveu uma maneira de erradicar tumores sem os efeitos secundários nocivos da quimioterapia, da radiação ou de uma cirurgia. O grupo construiu o que Brewer chama de uma máquina molecular: Ele procura por células cancerosas de rápida replicação e torna-se letal apenas quando exposto à luz.
Quando combinada com um laser de penetração profunda, a nova molécula pode ajudar a combater o câncer de rápido crescimento, como os de mama, próstata e pulmão, que até agora não foram capazes de ser penetrados por terapias de luz.
"Essa pesquisa traz o potencial para um impacto enorme sobre uma doença devastadora, e estamos animados para trabalhar com investigadores mundiais para o desenvolvimento dessa tecnologia", disse Roger Dumoulin-White, da Theralase Technologies, que produziu o laser.
O tratamento já começou recentemente os ensaios clínicos de Fase II, como parte de um roteiro de 7 anos para a aprovação do departamento de Food and Drug Administration dos Estados Unidos.