segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Criado equipamento capaz de detectar a dor





Criado equipamento capaz de detectar a dor

Uma pessoa normalmente é capaz de apontar com bom nível de segurança onde ela está sentindo dor. Mas daí a dizer qual músculo específico está doendo vai uma grande diferença.

Dores crônicas

O problema é ainda maior para pessoas portadoras de dores crônicas, que sofrem de doenças como artrite ou fibromialgia ou das genéricas dores lombares.

O novo aparelho, chamado SPOC, deverá ajudar os médicos a delimitar melhor os tratamentos, evitando aqueles que podem ser clássicos, mas que não funcionam para pacientes específicos, incluindo as cirurgias.

Aparelho de detectar dor

O aparelho é capaz de localizar com precisão o músculo que está ativando os terminais nervosos e gerando a sensação de dor no cérebro.Segundo seus criadores, o aparelho significará uma revolução no tratamento das dores, principalmente das dores lombares e no pescoço.

Em contato por email, eles se recusaram a dar detalhes mais precisos de seu funcionamento alegando segredos comerciais e informaram que o aparelho entrou na última etapa de validação pela FDA, um passo antes da autorização final para sua chegada ao mercado.

Dores nos músculos

Ao tratar de pacientes com dores lombares, em vez de darem mais atenção aos músculos, a maioria dos médicos foca-se na coluna, nos discos ou nos nervos. Isso acontece principalmente porque não existe ainda um equipamento capaz de apontar com segurança qual músculo específico está na origem do problema - como um raio-X indica qual osso está quebrado, por exemplo.

Esta é a solução que o SPOC espera trazer. Segundo seus criadores, 85% de todos os diagnósticos de dores lombares, ao invés de apontar a causa da dor, classificam-nas como "dores não específicas", o que significa que não se sabe exatamente qual é a sua origem. Esta é, segundo os médicos, a principal razão dos resultados "decepcionantes" dos tratamentos prescritos.

Pílula com câmera navega pelo corpo humano e tira fotos




Redação do Site Inovação Tecnológica - 10/07/2008
Pílula-câmera navega pelo corpo humano e tira fotos, aposentando a endoscopia
A câmera-pílula agora é dotada de controle, que é feito por um dispositivo magnético externo, podendo substituir com vantagens os endoscópios em todos os exames.[Imagem: Fraunhofer]

Já existem câmeras em forma de pílula, que podem ser engolidas e transmitirem imagens do interior do corpo humano, substituindo os mais invasivos exames de endoscopia.

Mas, até agora, essas pílulas não dispunham de nenhum mecanismo de controle, e os médicos dependiam apenas da sorte para conseguirem imagens dos pontos exatos do organismo que eles precisam examinar.

Pílula-câmera robótica

Uma equipe do Instituto Fraunhofer, na Alemanha, ajudou a resolver esse problema criando uma nova câmera que se aproxima um pouco mais do conceito de um robô navegando pelo sistema digestivo humano.

A nova "pílula-câmera robótica" pode ser virada e até parada quando necessário. E, pela primeira vez, ela permite que se faça imagens do esôfago, por onde as versões anteriores das "câmeras de engolir" passavam muito rapidamente.

Navegando pelo corpo humano

Embora já existam robôs experimentais capazes de navegar no interior dos intestinos, a solução encontrada para dirigir a minicâmera endoscópica foi bem mais simples e prática, utilizando um campo magnético externo. Com um controle magnético do tamanho de uma barra de chocolate, o médico pode parar, virar e movimentar a câmera e até ajustar o seu foco.

As imagens são obtidas com a ajuda de um "flash" feito com diodos de luz fria. As fotos obtidas são imediatamente transmitidas para o computador de controle ao lado do paciente por meio de uma conexão sem fios.

Exames do esôfago e do estômago

Esta nova versão da câmera já comprovou ser capaz de fazer imagens do esôfago e do estômago graças a experimentos que os cientistas fizeram neles próprios. A versão anterior ficava apenas três ou quatro segundos no esôfago e agora pode ficar até 10 minutos, podendo tirar de duas a quatro fotos por segundo.

No estômago, o seu peso de cinco gramas era suficiente para que ela caísse diretamente para a parede inferior, tornando impraticável qualquer imagem. Agora, dotada de controle, tudo o que é necessário fazer é virá-la na direção desejada, permitindo a tomada de imagens de todas as paredes do estômago.

O primeiro coração artificial integral não vai bater



Redação do Site Inovação Tecnológica - 28/07/2008
O primeiro coração artificial integral não vai bater
[Imagem: Michael DeBakey]

Pesquisadores de várias universidades norte-americanas uniram-se em um projeto de pesquisa cujo objetivo é desenvolver um coração totalmente artificial, com bombas independentes para substituir os ventrículos direito e esquerdo.

Coração que não bate

Além de buscar a substituição integral do coração doente, em todas as suas funcionalidades, a grande novidade do novo coração artificial é que ele não vai bater - em vez das tradicionais bombas pulsantes, ele utilizará duas bombas rotativas de fluxo, absolutamente silenciosas e sem vibrações.

O projeto está em fase de simulação e agora os cientistas estão analisando o impacto que as novas bombas terão sobre o sangue. Antes que o novo coração que não bate seja testado em animais é necessário saber com precisão como as células sangüíneas e as plaquetas se comportarão.

"Como essas bombas serão implantadas para uso a longo prazo, nós temos que ter certeza que o dano ao sangue será mínimo," diz o professor Matteo Pasquali. Dois tipos de problemas são mais preocupantes: a liberação excessiva de hemoglobina pelas glóbulos vermelhos - o que seria tóxico para os rins e para o fígado - e o processo de ativação das plaquetas - que podem induzir à formação de aglomerados de glóbulos brancos que podem entupir pequenos vasos sangüíneos.

Sincronismo entre os ventrículos

Outra preocupação dos engenheiros é como fazer com que as bombas respondam de forma pronta, mas suave, às necessidades variáveis de sangue apresentadas pelo corpo - como quando a pessoa se exercita ou sobe escadas rapidamente, por exemplo.

Também está merecendo especial atenção o sincronismo entre as bombas que substituirão os dois ventrículos. "O coração tem uma capacidade de auto-regulação embutida," explica Pasquali. "Como as duas bombas que formam o coração artificial integral contornam o coração [natural] totalmente, é importante embutir um mecanismo para a regulação no dispositivo. De outra forma você poderá ter um acúmulo de sangue nos pulmões se a bomba esquerda estiver bombeando muito lentamente em relação à bomba direita."

Testes em animais

Os cientistas estão levando a utilização das tecnologias disponíveis ao extremo. Seu objetivo é construir um coração artificial que seja, ao mesmo tempo, pequeno o suficiente para ser implantado em uma criança, e potente o suficiente para bombear toda a necessidade de sangue de um adulto.

Os primeiros testes em animais, que serão feitos em bezerros, deverão começar assim que os cientistas confirmarem todas as previsões em seus simuladores.

Monitor da saúde ultrafino e flexível pode ser embutido na roupa

Roupas inteligentes

O instituto de microeletrônica Imec, da Bélgica, desenvolveu uma técnica para a construção de equipamentos eletrônicos flexíveis que permite a integração dos circuitos em uma plataforma 3D com apenas 60 micrômetros de espessura.

Batizada de UTCP (Ultra-Thin Chip Package), a tecnologia permite a integração de sistemas completos em um substrato flexível de baixo custo, abrindo o caminho para a fabricação em escala industrial de sistemas de monitoramento da saúde e de equipamentos eletrônicos incorporados em roupas, mochilas e até pulseiras.

Circuitos flexíveis

Para a integração do circuito, o chip é inicialmente fabricado com uma espessura máxima de 25 micrômetros e depois incorporado em um invólucro flexível ultrafino. A seguir, o invólucro é incorporado em uma placa de circuito impresso tradicional de duas camadas. Depois de pronta, a placa de circuito impresso pode receber as conexões e demais componentes eletrônicos necessários a cada aplicação.

Os engenheiros belgas resolveram um conhecido problema dos circuitos ultrafinos, cuja espessura impede o teste de seu funcionamento depois que eles são fabricados. A solução passou pelo redimensionamento dos contatos dos chips ultrafinos, que agora adaptam-se às placas de circuito impresso flexíveis já disponíveis comercialmente.

Monitoramento da saúde

O circuito de demonstração, visto na foto, ainda utiliza os conectores tradicionais, mas um circuito definitivo deverá dispensá-los totalmente, mantendo a espessura máxima exigida pela montagem dos chips (60 micrômetros), que são mais finos do que os pontos de solda de um circuito atual.

Este circuito de demonstração é um sistema completo de monitoramento da saúde, monitorando os batimentos cardíacos e gerando um eletrocardiograma em tempo real, similar aos exames gerados pelos aparelhos médicos.

O aparelho também monitora a atividade muscular, gerando um exame conhecido como eletromiograma. Todos os resultados são enviados continuamente para um computador externo por meio de uma conexão de rede sem fios.

Redação do Site Inovação Tecnológica - 25/03/2009
Circuito de monitoramento da saúde é ultrafino e flexível
Sistema de monitoramento da saúde construído com chips flexíveis com espessura de 60 micrômetros.[Imagem: IMEC]